2 de outubro de 2025
Politica

Paulinho da Força diz que projeto de anistia deve ter quatro páginas: ‘Não é o voto do Fux’

O deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator do projeto de anistia aos presos do 8 de Janeiro, disse nesta terça-feira, 30, que seu parecer sobre o tema deve ter “coisa de três ou quatro páginas”.

“É um relatório curto e grosso, não é o relatório do Fux”, disse em referência ao voto do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento do núcleo crucial da trama golpista, que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A manifestação se estendeu por mais de 13 horas.

O “PL da Dosimetria”, como Paulinho chama o projeto, propõe diminuir as penas de quem foi condenado pelo ataque à sede dos Três Poderes em janeiro de 2023. Mesmo em meio à pressão de bolsonaristas para que aborde um perdão, o deputado insiste que se limitará à dosimetria.

Paulinho da Força já disse que 'não há nenhuma possibilidade' de que seu projeto contemple anistia ampla
Paulinho da Força já disse que ‘não há nenhuma possibilidade’ de que seu projeto contemple anistia ampla

Na terça-feira, ele se reuniu com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e com o líder do partido na Câmara, Sóstentes Cavalcante (RJ). Também tinha reunião com deputados do PSD e do PCdoB.

Para esta quarta, tinha previstos encontro com familiares dos presos do 8 de janeiro e reuniões com o Novo e o PDT. Ele afirmou ainda que quer falar com o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT). “Tenho relação com Zé desde 1980, sempre fui amigo dele e quero ouvir ele um pouco”, justificou.

“Falei com todas as bancadas, ou seja, com aqueles que quiseram. Até agora, só o Psol não respondeu, mas falei com a maioria. Falei com várias lideranças importantes no Brasil e acho que esse período termina amanhã e aí fico à disposição da presidência da Câmara para pautar o projeto”, afirmou na terça.

Ele deve apresentar o relatório após diálogo com o Senado. Depois da crise causada entre as duas Casas Legislativas quando a PEC da Blindagem foi enterrada após aprovação na Câmara, há preocupação de alguns deputados de que a proposta tenha o mesmo destino.

 

 

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