4 de outubro de 2025
Politica

Marinha atualiza norma e permite atuação de mulheres em submarinos, mergulhos e Operações Especiais

A Marinha do Brasil publicou nesta quarta-feira, 1º, uma portaria que permite a atuação plena de mulheres em todos os setores da Força. As integrantes podem agora, por exemplo, operar submarinos, mergulhar e ter formação em Operações Especiais.

Segundo a Marinha, as funções exigem preparo físico, psicológico e técnico de alto nível e é a primeira vez que a presença feminina é permitida de forma irrestrita em uma das Forças Armadas brasileiras.

A primeira turma de marinheiras a bordo do Navio Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico
A primeira turma de marinheiras a bordo do Navio Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico

A soldado fuzileira naval Stephany Victória da Silva pode se tornar a primeira a passar pela qualificação em Operações Especiais. O curso é conhecido por ter “uma das mais altas exigências físicas e psicológicas do País” e habilita cabos e fuzileiros navais para auxiliarem as tropas de elite da Marinha no planejamento e execução de operações de alta complexidade.

São seis semanas de aulas de instruções de preparação física de combate, primeiros socorros, orientação e topografia, combate e reconhecimento, armamento e tiro, comunicações, equipamentos de visão noturna e técnicas de infiltração.

Também há mulheres interessadas no feito inédito de se tornarem aviadoras da Força. As segundo-tenentes Helena de Souza Monteiro Moraes e Isabela Ferreira de Amorim foram as primeiras a iniciarem curso de aperfeiçoamento em aviação naval.

Duas soldados fuzileiras navais, Ana Beatriz Lugon Loureiro e Jennifer Alves Assunção, também concluíram formação para operar a Viatura Blindada Leve JLTV, veículo blindado utilizado pelas Forças Armadas.

A Marinha ressalta ter sido pioneira ao promover a primeira oficial-general, em 2012, formar a primeira turma de aspirantes femininas na Escola Naval, em 2014, e admitir mulheres no Colégio Naval, a partir de 2023. O colégio é a instituição de ensino médio da Marinha, em que os alunos recebem uma formação militar-naval e remuneração mensal.

Em 2025, também promoveu quatro médicas ao posto de contra-almirante, “o mais alto círculo da hierarquia naval”.

 

 

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