6 de outubro de 2025
Politica

Como direita e esquerda reagiram à conversa de Trump e Lula? Veja

RIO – Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemoraram nas redes sociais nesta segunda-feira, 6, a ligação do presidente americano Donald Trump ao chefe do Executivo brasileiro e destacaram a “capacidade de diálogo” do petista. Já os opositores ao governo federal minimizaram o contato entre os dois líderes e ressaltaram que Trump designou o secretário de Estado Marco Rubio – alinhado às pautas da direita – para as negociações entre os dois países.

Lula conversou com Trump por 30 minutos por videoconferência nesta segunda-feira. De acordo com o Palácio do Planalto, o presidente brasileiro solicitou ao presidente dos Estados Unidos a “retirada da sobretaxa de 40% imposta a produtos nacionais e das medidas restritivas aplicadas contra autoridades brasileiras” e “acordaram encontrar-se pessoalmente em breve”.

O advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou em publicação no X que “a longa tradição de amizade e cooperação entre Brasil e Estados Unidos deve estar acima de quaisquer diferenças pontuais” e citou a capacidade de diálogo e negociação de Lula.

“Sob a liderança firme do presidente Lula seguiremos construindo pontes, defendendo nosso desenvolvimento e nossa soberania, de forma pacífica e amistosa com todos os países do mundo”, escreveu.

O senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso Nacional, afirmou que a ligação “é um passo importante para restaurar as relações históricas entre Brasil e Estados Unidos“ e criticou a oposição ao governo que, segundo ele, “passou os últimos meses incentivando a taxação e apostando no afastamento entre os dois países“.

O secretário especial de Assuntos Parlamentares, André Ceciliano, também comentou a ligação entre os dois líderes e afirmou que “o diálogo é o primeiro passo para construir pontes, reduzir distâncias e abrir caminhos de entendimento”.

A deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) elogiou o presidente Lula e ironizou os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Acabou a conversinha pra boi dormir: quem defende o Brasil e nossas empresas é o Lula e não a quadrilha condenada. Eduardo ‘bananinha’ Bolsonaro, calma, o Trump não vai te atender agora. Você perdeu seu tempo”, escreveu.

A oposição, no entanto, minimizou a ligação entre Lula e Trump. De acordo com aliados de Bolsonaro, ao designar Marco Rubio para as negociações com o Brasil, Trump e o governo americano sinalizaram que não devem ceder nas pautas bolsonaristas, como a defesa do ex-presidente e as punições aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

O deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), ex-ministro da Saúde de Bolsonaro, afirmou, em publicação no X, que ao nomear Rubio é “sinal de que a verdade vai prevalecer e que o Brasil não ficará impune diante da corrupção e da submissão ideológica”.

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), condenado a 16 anos de prisão por participação na trama golpista, afirmou que “Rubio seguirá a carta do Trump: Normalidade democrática, acabar com censura e perseguição política, eleições livre e deixem Bolsonaro em paz”.

“Marco Rubio é um defensor obstinado de verdadeiras democracias e defesa dos direitos humanos, contra regimes autoritários, especialmente de esquerda ou comunistas”, escreveu no X.

O ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social Fabio Wajngarten, um dos advogados do ex-presidente Bolsonaro, escreveu que “a mera ligação entre chefes de estado que pensam e atuam de maneira absolutamente contrastantes não quer dizer absolutamente nada”.

“Passados 10 meses para esse contato de hoje, somente evidencia o quanto a política externa atual é retrógrada, lenta e sem nenhuma tecnicidade. A tal ‘Química Perfeita’ sequer terá alicerces para deixá-la em pé com partícipes que promovem o Terrorismo e seus aliados históricos”, disse no X.

 

 

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