Ala do STF aposta que palavra final de Trump vai se sobrepor a perfil ideológico de Marco Rubio
A indicação do secretário de Estado americano, Marco Rubio, para dar sequência às tratativas da Casa Branca com o Brasil foi comemorada por bolsonaristas, que apontam o perfil ideológico do escolhido. Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), contudo, minimizam nos bastidores o possível impacto negativo.
A avaliação de uma ala da Corte é de que a palavra final sobre retirada de tarifas e sanções a autoridades brasileiras será do presidente Donald Trump, que se mostrou disposto a negociar.
“Trump também criticou o governo brasileiro. E parece que é ele que manda no governo [americano]”, disse à Coluna do Estadão, sob reserva, um dos magistrados, ao ser questionado sobre as críticas diretas feitas por Rubio ao ministro Alexandre de Moraes, relator da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe.
Depois de ter chamado o julgamento de Bolsonaro de “caça às bruxas” ao anunciar o tarifaço contra o Brasil, Trump mudou de postura nas últimas semanas. No rápido encontro que teve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, descreveu uma “química excelente” com o petista, o que abriu caminho para o telefone entre dois nesta segunda-feira, 6.
