7 de outubro de 2025
Cultura

Escutando Nossa Cultura” abre espaço para ampliação de poílticas públicas com agentes culturais da Ilha de Maré

A Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult) de Salvador realizou, nesta terça-1º, encontro com cerca de 20 agentes culturais de diversas localidades da Ilha de Maré, dando início ao projeto “Escutando Nossa Cultura”. A iniciativa tem como objetivo ampliar a escuta e a participação popular na construção de políticas públicas de cultura, promovendo maior diálogo entre poder público e territórios culturais da cidade.

A reunião, realizada na sede da Secult, foi conduzida pelo diretor de Cidadania Cultural, Chicco Assis, pela chefe do Escritório Salvador Capital Afro, Ivete Sacramento, e pela chefe de Gabinete da Vice-Prefeitura, Tainá Barros, que representou a vice-prefeita e secretária de Cultura e Turismo, Ana Paula Matos. Também participaram a secretária municipal da Reparação, Isaura Genoveva, e a chefe de gabinete da Semur, Adriana Almeida, o presidente do Conselho Municipal das Comunidades Negras (CMNC), Evilásio Bouças, o diretor de patrimônio e equipamentos culturais da FGM, Vagner Rocha, entre outros representantes.

A vice-prefeita e secretária de Cultura e Turismo, Ana Paula Matos, destacou que o encontro marca um aprofundamento na relação entre a Secretaria de Cultura e os fazedores de cultura de todos os cantos de Salvador. Ela anunciou a realização de uma edição do projeto Viver Salvador na localidade e garantiu que as pautas apresentadas serão integradas ao Programa Salvador Capital Afro. “Vamos impulsionar as ações culturais que já existem na Ilha de Maré e garantir que as vozes da comunidade estejam presentes em nossos programas. A cultura de Maré tem identidade, força e história. É dever da gestão pública cuidar, fomentar e caminhar junto com esses territórios”, ressaltou.

Durante o encontro, os agentes culturais apresentaram demandas históricas da comunidade, como a valorização das manifestações tradicionais da Ilha, especialmente ligadas ao calendário religioso, ao Carnaval e às expressões populares locais. A partir dessa escuta, será elaborado um calendário participativo de festividades culturais, construído com base nas contribuições da comunidade.

“A Ilha de Maré é um território vivo de cultura, com manifestações que atravessam gerações. Nosso compromisso é fortalecer o que já existe, dar visibilidade e suporte para que essas tradições ganhem ainda mais força. O Carnaval de Maré, por exemplo, é uma joia popular que precisa ser celebrada por toda a cidade”, afirmou Chicco Assis, diretor de Cidadania Cultural da Secult.

Já Ivete Sacramento, chefe do Escritório Salvador Capital Afro, enfatizou a relevância da Ilha de Maré dentro da memória e da cultura afro-brasileira de Salvador: “O povo de Ilha de Maré tem uma importância histórica e ancestral enorme para Salvador. Reconhecer isso dentro do Salvador Capital Afro é não apenas um dever, mas uma reparação simbólica e política. Este encontro é um passo fundamental para isso”, destacou

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *