Como a República Dominicana zerou mortes por metanol após recorde fatal
A República Dominicana está há três anos sem mortes por álcool adulterado, depois de registrar dezenas de óbitos e identificar 70% de contaminação por metanol em amostras de bebidas alcoólicas. O quadro foi revertido após a criação de um aplicativo público de celular e um sistema nacional de controle. No Brasil, cinco mortes foram confirmadas nos últimos dias por contaminação de metanol.
Dados do Ministério da Indústria e Comércio daquele país mostram que, em 2020, foram registrados 369 casos de intoxicação e 277 mortes por bebidas adulteradas.
O governo local endureceu a fiscalização e aumentou penas de prisão para os crimes de falsificação e contrabando. Em 2022, o país criou um sistema para rastrear bebidas e o aplicativo Revísame, em que qualquer consumidor pode conferir a autenticidade do produto antes da compra.
Esse sistema de controle é semelhante e muito mais rígido em relação ao brasileiro Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe), extinto em 2016. O Sicobe monitorava o volume de bebidas destiladas e cervejas, por exemplo. Agora, o Supremo Tribunal Federal decidirá se manda restabelecer o sistema. O julgamento virtual será de 17 a 24 de outubro.
Brasil confirmou 5 mortes por metanol
O Brasil registra cinco mortes e 29 casos de intoxicação por metanol. Outras 12 mortes são investigadas.

