12 de outubro de 2025
Politica

Centrão vê campanha de ‘ricos contra pobres’ de Lula com pouco apelo na população

Centrão aposta que a campanha “ricos contra pobres”, retomada pelo governo após a derrota na Medida Provisória alternativa ao aumento maior do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), não terá o apelo esperado pelo Palácio do Planalto. A avaliação é de que a indignação com a PEC da Blindagem, por exemplo, tinha uma ressonância popular muito maior. Lideranças desse grupo político dizem que a população rejeita aumento de impostos.

Também dizem que a narrativa da base lulista tem um furo: apesar de defender a taxação “BBB” (bilionários, bancos e bets), governistas fecharam um acordo para excluir do texto a tributação das apostas esportivas, o que será explorado à exaustão pela oposição. O Planalto, por sua vez, acredita que a campanha manterá a alta na aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Até aliados de Lula consideram que foi um erro blindar as bets. Isso porque os partidos que exigiram esse acordo logo depois sinalizaram que votariam contra a MP. Ou seja, o pacto serviu apenas para expor o Planalto, já que a derrubada da medida estava posta.

Em discurso na quinta-feira, 9, dia seguinte à derrubada da MP, Lula reagiu e colocou em prática o discurso de “ricos contra pobres”. “Ontem foi triste porque uma parte do Congresso Nacional votou contra a taxação que a gente queria fazer dos bilionários deste País, daqueles que ganham muito e pagam pouco”, afirmou o presidente, em inauguração da fábrica da montadora de carros chinesa BYD em Camaçari (BA).

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República

 

 

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