Com votos mais curtos, STF deve acelerar julgamento de nova leva de réus da trama golpista
BRASÍLIA – A expectativa de votos mais curtos no julgamento da nova leva de réus da trama golpista deve acelerar a análise do quarto núcleo da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que começou nesta terça-feira, 14. Foram reservadas duas sessões da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta semana e mais duas na próxima. O mais provável é que o julgamento se encerre antes.
O voto do ministro Luiz Fux deve durar um terço do tempo que ele usou no plenário da turma para tratar dos réus do primeiro núcleo – entre eles, Jair Bolsonaro. No dia 10 de setembro, o ministro se manifestou por cerca de 12 horas. Ele absolveu a maioria dos réus, inclusive o ex-presidente.

Agora, como os crimes imputados aos réus são os mesmos, Fux deve partir das mesmas premissas já expostas para analisar individualmente as condutas dos integrantes do quarto núcleo. Os outros quatro ministros da turma – Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia – devem agir da mesma forma.
O julgamento começou em um ritmo mais ágil em relação ao primeiro núcleo. Na parte da manhã, Moraes apresentou o relatório e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, voltou a defender a condenação dos réus. Em seguida, os advogados de três acusados foram à tribuna para defender seus clientes. Na parte da tarde, outros quatro devem fazer o mesmo.
A votação dos ministros deve começar na quarta-feira, 15. No primeiro núcleo, isso só aconteceu na segunda semana do julgamento. O próximo núcleo a ser julgado será o terceiro, do qual participam os chamados kids pretos. As sessões estão agendadas para novembro.