Planalto duvida que Senado barre Messias no STF apesar de pressão por Pacheco
Apesar da pressão para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indique o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para o Supremo Tribunal Federal (STF), integrantes do Palácio do Planalto duvidam que o Senado barre o nome do advogado-geral da União, Jorge Messias, que deve ser o escolhido para a vaga.
“A indicação é uma prerrogativa exclusiva do presidente. Não acho que o Senado vai interferir nisso”, disse a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, à Coluna do Estadão. A petista afirmou que não vai se intrometer na escolha de Lula, mas reconheceu que Messias é uma pessoa “de confiança” do presidente.
Integrantes do governo lembram que a última vez em que o Senado rejeitou uma indicação presidencial ao STF foi no governo de Floriano Peixoto (1891-1894), no começo da República.
Em 2021, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que à época comandava a Casa pela primeira vez, segurou por quase 100 dias a sabatina do hoje ministro do Supremo André Mendonça, que havia sido indicado pelo então presidente Jair Bolsonaro. O senador defendia o nome do procurador-geral Augusto Aras. Mesmo assim, o nome acabou aprovado.
Segundo aliados de Lula, a tendência é que ele indique mesmo Messias para a vaga do ministro Luís Roberto Barroso, que antecipou sua aposentadoria. Além do advogado-geral da União e de Pacheco, é cotado também para o cargo o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas.
