Cerca de 1.200 trabalhadores da Refinaria de Mataripe, administrada pela Acelen, realizaram um protesto, nesta quarta-feira (6), contra a demissão em massa de empregados na refinaria. A empresa, que é a antiga Refinaria Landulpho Alves (RLAM), fica localizada em São Francisco do Conde, cidade localizada a 82 quilômetros de Salvador.

Em nota, a Federação Única dos Petroleiros (FUP), o Sindipetro Bahia e o Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial (Siticcan) informaram que a refinaria foi vendida ao fundo árabe Mubadala, em 2021 e é administrada pelo grupo Acelen.

Ainda segundo a FUP e o Siticcan, a administração é responsável pela demissão de 150 trabalhadores, sendo 30 próprios e 120 terceirizados. Somente na terça-feira (5), 28 funcionários foram demitidos.

“Lutamos pela manutenção dos empregos e contra a política irresponsável da Acelen que promove a cada dia demissão em massa”, afirma Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP. Ainda conforme a denúncia dos trabalhadores, as demissões começaram após anúncio do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que informou que está construindo uma parceria com o fundo árabe Mubadala Investment Company para que a estatal brasileira retome a operação da Rlam.

“Tudo indica que depois desse anúncio, a Acelen está reduzindo o número de efetivo – próprio e terceirizado – o que impacta na manutenção das unidades e na segurança das atividades”, disse o coordenador-geral da FUP.

Refinaria se posicionou sobre o protesto dos trabalhadores

Em nota, a Refinaria de Mataripe pontuou que não existe demissão em massa, como apontado pela FUP e Siticcan.

Além disso, a refinaria enfatizou que o compromisso da empresa é com o abastecimento regional em condições competitivas de mercado e manter um diálogo com as entidades sindicais. Confira a nota completa:

“A Refinaria de Mataripe esclarece que está em constante busca por mais eficiência e competitividade para sua operação. Reforça ainda que não existe demissão em massa como citado pelas entidades. Nosso compromisso continua sendo com o abastecimento regional em condições competitivas de mercado e com o diálogo próximo às entidades sindicais.”

Fonte: Ibahia

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