Rumo à COP 30: do local ao global
Inauguramos a semana Pre-COP 30 na Cidade de São Paulo com o evento “Rumo à COP 30: Conectando Cidades e Narureza”, realizado no Hub Green Sampa – Centro de Inovação Verde Bruno Covas – com a presença de agentes internacionais de redes de cidades, como C40, ICLEI, e, em especial, Sharon Gil, Diretora de Cidades e Regiões do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), que nos agraciou com o reconhecimento como “Cidade Modelo do Programa Geração Restauração”, tanto pela implementação de políticas públicas verdes, como por seu potencial de inspirar outras localidades.
De fato, no primeiro ano do segundo mandato do Prefeito Ricardo Nunes, que coincidiu com o da COP em nosso país, a cidade não só refletiu e atuou conjuntamente, mas foi, principalmente, contemplada por inúmeras ações que beneficiaram a qualidade de vida sustentável na metrópole.
Distante de qualquer inspiração ideológica, a essência de toda atividade é, efetivamente, antropológica, já que as mudanças climáticas e outras consequências, antes de mais nada, impactam vidas. Por essa razão, qualquer política pública dessa gestão é, como temos destacado hoje nas redes de cidades, “human centered”, sendo o meio ambiente não um valor absoluto, mas relativo às pessoas.
Nesse sentido, a cidade trabalhou o tema com seus habitantes. Foi lançado um “hot site” envolvendo as diversas entidades civis, acadêmicas, corporativas, etc. e inúmeras iniciativas foram levadas adiante; a população pôde participar das audiências públicas referentes às metas sustentáveis, exercendo sua cidadania; a educação ambiental foi tema altamente presente nas escolas públicas, envolvendo também as famílias; campanhas sobre o aproveitamento de resíduos sólidos foram promovidas, visando otimizar a coleta seletiva, já que a contribuição do cidadão é mais do que decisiva! A maior Virada ODS que organizamos foi internacionalizada, apresentando, ainda, através das distintas Secretarias, o que é oferecido a nosso povo, tendo sido também um grande momento de conscientização.
Poderia citar ainda tantos eventos, parcerias e negócios promovidos; interações internacionais, etc, mas o que importa é demonstrar quanto cada ser humano que nos é confiado nos move a servi-lo com obras!
Nessa linha, passo a destacar algumas importantes entregas nesses primeiros 10 meses: o milésimo ônibus elétrico; coleta seletiva abrangendo toda a cidade; 117.800 árvores plantadas, quase já atingindo a meta de 120.000 até o fim do ano; 200 caminhões movidos a biometano gerado por compostagem, tendendo a 600 até 2026; 130 ecopontos, um deles recentemente inaugurado, exclusivamente para resíduos têxteis; 12 novos parques, atingindo o número de 120; 54% de cobertura vegetal, aumentando em 11%; investimento em 4 ecoparques; criação do “Programa de Bosques Urbanos”; aprovação do orçamento climático em 122 milhões; projeção do polo de ecoturismo nas represas de Guarapiranga e Billings; implementação do Aquático com 7 barcos à disposição; agricultura urbana e empregos verdes, etc.
A cidade terá muito para compartilhar no Summit Sampa São Paulo + Verde, a ser realizado nos dias 4 e 5 de novembro no Paraue Villa Lobos, em parceria com o Governo do Estado, incluindo um rodada internacional de negócios sustentáveis.
Durante a Cúpula de Prefeitos no Rio, que começa dia 3, São Paulo, também receberá o Prêmio de Líderes Locais 2025, pela eletrificação da frota e o Cities Finance Facility destinado ao Programa de Mananciais.
De fato, a cidade tem sido referência, e, compartilha para ajudar, além de também aprender e buscar a troca de experiências nas relações bilaterais e multilaterais, bem como financiamentos, tecnologia e inovação que possam incrementar cada dia mais seu compromisso sustentável.
Porém, como bem simbolizou o plantio das mudas de árvores dos diversos Consulados – como, por exemplo o cedro do Líbano, a cerejeira do Japão ou o romã do Azerbaijão – inaugurando o Bosque das Nações na Praça da Paz, em outubro, o que a São Paulo de todos os povos deseja profundamente – e já encaminhando candidatura para o Peace Award – é a sustentabilidade das relações humanas, para que a paz possa retornar ao mundo a partir das cidades: do local ao global!
