Espaço Cultural Boca de Brasa Cajazeiras recebe oficina de jogos de mesa em novembro
Texto: Eduardo Santos | Secom PMS
Foto: Jefferson Peixoto | Secom PMS
Quatro oficinas para criação de jogos de mesa serão realizadas no Espaço Boca de Brasa Cajazeiras, gerido pela Fundação Gregório de Mattos (FGM), durante as quartas-feiras de novembro, sempre das 10h às 12h. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas por meio deste link.
Nos dias 5, 12, 19 e 26, serão apresentados no Boca de Brasa, localizado dentro do Mercado Municipal, conceitos de design de jogos para atividades lúdicas envolvendo pistas e enigmas, a partir de uma narrativa divertida, que busca incentivar a imaginação e a capacidade de contar histórias de jovens com idades a partir de 12 anos. O cenário do jogo é um mapa lúdico que será produzido de forma colaborativa de até 20 pessoas, com cerca de duas horas de duração.
De acordo com Silvani Neri, facilitadora das oficinas, a iniciativa foi pensada para atender jovens e adultos. “Consideramos ampliar a participação da faixa etária dos mais jovens porque, nessa idade (12 anos), alguns dos conceitos que utilizamos no design de jogos já são trabalhados em ambiente escolar.”
A educadora explica que o processo de criação de jogos tem uma relação direta com o desenvolvimento do raciocínio dos participantes, porque transforma o pensamento lógico em algo concreto, divertido e significativo.
“No processo de criar um jogo de pistas e enigmas, é fundamental organizar as ideias, pensar em sequências de ações, causas e consequências. Cada pista exige planejar um desafio, antecipar o entendimento do jogador e ajustar o nível de dificuldade, ativando o raciocínio lógico, analítico e o pensamento criativo. Além disso, ao testar o próprio jogo, o participante entra num processo de experimentar, errar, corrigir e melhorar, que é essencial para o aprendizado. Perceber padrões, relações espaciais, linguísticas e visuais ajuda a desenvolver uma mente mais flexível e estratégica. Então, mais do que brincar, criar jogos é aprender a pensar, a organizar o pensamento de forma lúdica, visual e colaborativa”, explica.
Silvani Neri destaca ainda que, ao criar os jogos, os participantes desenvolvem habilidades que vão muito além do entretenimento, aprendendo a pensar de forma estruturada, criativa e estratégica.
“Projetar um jogo de pistas envolve planejar, testar hipóteses, lidar com restrições e antecipar a experiência do jogador. Na prática, isso se reflete em várias situações do cotidiano: na escola, o jovem passa a organizar melhor suas ideias e compreender sistemas complexos. Em projetos ou no trabalho, ele aprende a colaborar, comunicar e resolver problemas reais de forma criativa. E o principal: fortalece sua autonomia e confiança ao conseguir transformar uma ideia em algo jogável, funcional e significativo.”
