Moraes manda PF investigar conexão de facções e milícias com agentes públicos no Rio
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira, 5, a abertura de um inquérito formal para investigar facções e milícias no Rio de Janeiro.
A investigação foi uma exigência do STF no julgamento da “ADPF das Favelas”. O foco é a “atuação dos principais grupos criminosos violentos em atividade no Estado e suas conexões com agentes públicos”.
Além da “infiltração de organizações criminosas no poder público”, a Polícia Federal também vai se debruçar sobre esquemas de lavagem de dinheiro do crime organizado.
Investigações preliminares estão sendo conduzidas desde agosto em uma petição sigilosa. Com a decisão de Moraes, as apurações serão autuadas como um inquérito.

Em despacho nesta quarta, o ministro pediu da PF um relatório sobre as “providências realizadas até o presente momento e adoção as demais investigações cabíveis”.
Ao julgar a “ADPF das Favelas”, em abril, o plenário do STF decidiu que a Polícia Federal deveria criar uma força-tarefa permanente para identificar as organizações criminosas em atuação no Rio de Janeiro, sobretudo suas lideranças, movimentações financeiras e conexões com grupos políticos.
A decisão de Moraes ocorre após audiências do ministro com entidades de direitos humanos, autoridades do governo do Rio de Janeiro e membros do sistema de Justiça do Estado em torno da Operação Contenção, que deixou 121 mortos na semana passada.
