7 de novembro de 2025
Politica

STF declara omissão do Congresso por não tributar grandes fortunas

O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou nesta quinta-feira, 6, que há omissão do Congresso por não regulamentar um imposto sobre grandes fortunas.

A Constituição de 1988 prevê, no artigo 145, a taxação progressiva. Segundo o texto, “sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte”.

A maioria foi formada com os votos de Marco Aurélio Mello (aposentado), Flávio Dino, Cristiano Zanin, Kassio Nunes Marques, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes.

Os ministros preferiram não fixar prazo para o Congresso aprovar legislação sobre o tema. A maioria decidiu que o julgamento servirá apenas como uma advertência.

STF considerou que há omissão na taxação de grandes fortunas.
STF considerou que há omissão na taxação de grandes fortunas.

Os ministros consideram que a Constituição é taxativa e que não cabe ao Legislativo fazer uma avaliação política sobre a criação do imposto.

“A meu ver, temos uma gritante, eloquente, insuportável omissão inconstitucional”, defendeu Flávio Dino.

O ministro Luiz Fux ficou vencido. Ao contrário dos colegas, Fux considerou que o Legislativo e o Executivo podem analisar a “conveniência” do imposto. “Nós temos que respeitar a opção política do governo”, argumentou.

Os ministros Edson Fachin e Gilmar Mendes estão ausentes e não participaram do julgamento.

O assunto está sendo debatido em uma ação movida pelo PSOL.

 

 

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