20 de novembro de 2025
Politica

Justiça afasta diretor de Finanças do BRB

A Justiça Federal do Distrito Federal afastou nesta terça-feira, 18, o diretor executivo de Finanças e Controladoria do Banco de Brasília (BRB), Dario Oswaldo Garcia Júnior. Garcia Júnior e o presidente do banco estatal do governo do Distrito Federal, Paulo Henrique Costa, foram retirados do cargo por dois meses na mesma operação da Polícia Federal (PF) que prendeu o dono do Banco Master, Daniel Vorcaro.

A PF apura suspeitas de crimes na operação de venda do banco Master para o BRB. De acordo com investigadores, o Master criou carteiras de crédito falsas e as vendeu para o banco público, sem garantias para o negócio.

Em nota, o BRB disse que “sempre atuou em conformidade com as normas de compliance e transparência”. Leia o comunicado ao fim da reportagem.

Dono do Master foi preso no Aeroporto de Guarulhos

A PF prendeu o dono do banco Master, Daniel Vorcaro, no Aeroporto de Guarulhos, por volta das 22h dessa segunda-feira, 17. A corporação identificou risco de o empresário fugir do País. Ele iria embarcar em um jatinho particular rumo ao exterior.

Outro preso na operação foi Augusto Lima, sócio do Master. Diretores da empresa também foram detidos pela Polícia Federal.

Banco Central decretou liquidação do Master

Nesta terça-feira, 18, o Banco Central (BC) decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master. A medida aconteceu menos de um dia após o Grupo Fictor ter indicado o interesse em comprar a instituição.

Operação Compliance Zero apura suposta organização criminosa

A Operação Compliance Zero investiga supostos crimes de gestão fraudulenta, gestão temerária e organização criminosa, dentre outros. Investigadores detectaram suspeitas da emissão de títulos de crédito falsos pelo banco Master. Esses títulos teriam sido vendidos ao BRB e, após a fiscalização do Banco Central, foram substituídos por outros ativos sem avaliação técnica adequada.

Em setembro, o BC reprovou a compra bilionária de uma fatia do Master pelo BRB. O BC analisou o processo por cinco meses. Segundo apurou o Estadão, um ponto central da decisão foi o risco de o BRB ser contaminado pelos ativos do Master considerados “podres”.

BRB impôs sigilo a todos os documentos do caso

Como mostrou a Coluna do Estadão, o BRB impôs sigilo a todos os documentos internos relacionados à compra do Master. Em resposta a um pedido da Coluna com base na Lei de Acesso à Informação, o banco estatal alegou que a divulgação dos dados comprometeria sua competitividade no mercado financeiro. A decisão foi reforçada pelo presidente do banco, Paulo Henrique Costa.

Leia o comunicado do BRB

“O BRB reforça que sempre atuou em conformidade com as normas de compliance e transparência, prestando regularmente informações ao Ministério Público Federal e ao Banco Central do Brasil sobre todas as operações relacionadas ao Banco Master.

O Banco informa, ainda, que nenhuma prisão foi realizada na manhã desta terça-feira (19). A decisão judicial que orienta a atuação da Polícia Federal nas dependências do Banco determina, exclusivamente, o afastamento temporário do presidente e do diretor financeiro pelo prazo de 60 dias.

A Instituição reafirma seu compromisso com a ética, a responsabilidade e a integridade na condução de suas atividades. O Banco segue operando normalmente, garantindo a continuidade integral dos serviços e preservando a segurança das operações, dos clientes, dos parceiros e de toda a sua estrutura operacional.”

BRB
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