Caso Master: líder do PT mira Cláudio Castro e pede investigação sobre fundo de previdência do Rio
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), mirou o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), no caso do Banco Master e decidiu pedir à Polícia Federal (PF) que investigue um aporte do Rioprevidência na instituição financeira.
“Agora vão começar a estourar as conexões do Banco Master com os planos de previdência dos Estados. O caso do Rio é escandaloso, é caso de polícia, não aguenta maia hora de uma investigação da Polícia Federal”, disse o petista à Coluna do Estadão.
Em outubro, o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) alertou para o risco de um investimento de quase R$ 1 bilhão do Rioprevidência no Master.
Após a notificação da Corte, o Rioprevidência se manifestou e negou irregularidades. “O valor efetivamente investido foi de aproximadamente R$ 960 milhões, em Letras Financeiras emitidas pelo Banco Master S.A., e a operação segue regular, adimplente e plenamente enquadrada nos parâmetros legais e prudenciais”, afirmou o fundo de previdência estadual, em nota.
Castro é hoje um dos principais desafetos do governo Lula. Desde a operação contra o Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha, no final de outubro, o governador do Rio tem feito uma série de críticas à atuação da gestão petista na segurança pública, tema que virou embate político entre governo e oposição.
Caso Master
A PF prendeu o dono do Master, Daniel Vorcaro, no Aeroporto de Guarulhos, por volta das 22h dessa segunda-feira, 17. A corporação identificou risco de o empresário fugir do País. Ele iria embarcar em um jatinho particular rumo ao exterior. Outro preso na operação foi Augusto Lima, sócio do Master. Diretores da empresa também foram detidos pela PF.
Nesta terça-feira, 18, oBanco Central (BC) decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master. A medida aconteceu menos de um dia após o Grupo Fictor ter indicado o interesse em comprar a instituição.
A Operação Compliance Zero investiga supostos crimes de gestão fraudulenta, gestão temerária e organização criminosa, dentre outros. Investigadores detectaram suspeitas da emissão de títulos de crédito falsos pelo banco Master. Esses títulos teriam sido vendidos ao BRB e, após a fiscalização do Banco Central, foram substituídos por outros ativos sem avaliação técnica adequada.

