25 de novembro de 2025
Politica

Perícia da PF conclui que Bolsonaro tentou abrir tornozeleira com fonte de calor

Peritos da Polícia Federal concluíram que a tornozeleira eletrônica do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi violada com uma fonte de calor direcionada para a abertura do equipamento. O resultado da perícia é compatível com a versão do próprio ex-presidente, que admitiu ter usado um ferro de solda no aparelho.

O Estadão apurou com investigadores da PF que o primeiro laudo foi concluído nesta segunda-feira, 24, e atestou a tentativa de violação do dispositivo.

O equipamento foi submetido a diferentes testes no Instituto Nacional de Criminalística (INC) da Polícia Federal, em Brasília.

Os peritos fizeram análises microscópicas e exames de microfluorescência de raio x, que identificaram a presença de ferro na área queimada. Já nas partes íntegras do equipamento não havia resquícios de ferro.

O laudo formalizou tecnicamente a constatação de que o equipamento foi submetido a aquecimento direcionado para a abertura.

Profissionais especializados em local de crime e peritos de eletrônicos participaram da perícia.

Bolsonaro está preso na sede da Polícia  Federal em Brasília.
Bolsonaro está preso na sede da Polícia  Federal em Brasília.

Uma das razões que levou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a decretar a prisão preventiva do ex-presidente foi uma notificação de violação da tornozeleira neste sábado, 22, às 0h08.

A ocorrência foi identificada pelo Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal, responsável pela instalação e monitoramento dos dispositivos.

Após a avaliação de que a tornozeleira estava com o case danificado, um novo equipamento foi instalado até que Bolsonaro foi preso na manhã de sábado.

Moraes considerou que Bolsonaro pretendia fugir para não cumprir a pena de 27 anos e 3 meses no processo da trama golpista.

Nesta segunda-feira, 24, a Primeira Turma do STF confirmou a decisão por unanimidade e manteve o ex-presidente preso em uma sala na sede da PF em Brasília.

 

 

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