Zema critica velocidade de reação após Bolsonaro danificar tornozeleira: ‘Sinal de perseguição’
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), saiu em defesa de seu aliado, o ex-presidente Jair Bolsonaro, preso no último sábado após a convocação de uma vigília pelo filho Flávio Bolsonaro e de queimar a tornozeleira eletrônica que usava em prisão domiciliar. Para Zema, velocidade de reação das autoridades à destruição do aparelho de monitoramento é sinal de perseguição, já que, segundo ele, quando detentos rompem a tornozeleira, a prisão costuma demorar. As declarações foram dadas em jantar de empresários do Grupo Voto, no Palácio Tangará, em São Paulo
“Eu até já havia levado uma proposta ao ministro (da Justiça, Ricardo) Lewandowski no ano passado, em março, eu e todos os governadores do Sul e do Sudeste, referente à tornozeleira eletrônica, porque hoje, quando um detento está usando tornozeleira eletrônica e rompe, ele precisa de um mandado de prisão, que muitas vezes leva meses para ser expedido, e me parece que nesse caso foi muito mais rápido, então mais um sinal de que há uma perseguição política”, disse Zema.

O governador afirmou que o vídeo que mostra Bolsonaro confessando ter danificado a tornozeleira não muda seu apoio, declarado antes do episódio.
“Vejo que medicamentos alteram o estado de espírito, o discernimento da pessoa, e eu vejo aquilo como meio que uma situação extrema ali pelo que ele está vivendo, mas que, hora alguma, nós temos que deixar claro, que ele tentou fugir. Ele tem um vigilante, até me parece um excesso você estar em prisão domiciliar, com pessoas vigiando a sua casa, e ainda ter de colocar uma tornozeleira eletrônica”, concluiu.
