“Nunca cheguei a gravar vídeos com cenas pornográficas”, afirma Hytalo Santos, preso desde agosto
O influenciador digital Hytalo Santos, preso desde agosto deste ano após a repercussão da denúncia feita pelo youtuber Felca sobre adultização de crianças nas redes sociais, afirmou em depoimento nunca ter feito conteúdo com cenas pornográficas envolvendo menores de idade.
O Fantástico obteve com exclusividade o depoimento prestado pelo blogueiro em audiências do processo, na qual ele afirma que apenas mostrava a rotina da periferia e coreografias de brega funk.
“Eu nunca cheguei a gravar vídeos com cenas pornográficas nem com cunho sexual. E a gente só gravava a nossa rotina com a cultura de periferia, que é de onde eu venho. Entre Recife e João Pessoa, o ritmo mais escutado hoje, daqui, produzido e está no Brasil inteiro, do ritmo de brega funk. Que as coreografias e os passos usados, por alguns, é visto com esse olhar. Mas para a gente que é da periferia é arte”, disse.
Aqui Hytalo Santos mentiu muito, dizendo que não ganhava dinheiro com as danças na internet #fantástico pic.twitter.com/V6m0WLXlgS
— bad girl ???? (@tuiteiitt) December 1, 2025
Hytalo e o marido, Israel Vicente, conhecido como Euro, foram denunciados pelo Ministério Público pelos crimes de tráfico humano, exploração sexual e por produção e divulgação de pornografia infantil.
Na audiência, o blogueiro chega a ser questionado pelo promotor sobre os comentários feitos em vídeos das crianças gravadas por ele.
“Como nossos vídeos tinham muita repercussão, vossa excelência, os comentários chegavam a ter 20 mil comentários, 30 mil comentários. E a maioria dos comentários era baseado na força de cada personagem, como era visto por eles.”
Hytalo Santos também negou que recebia dinheiro das redes sociais pelos vídeos com os menores e afirmou que os pais das crianças eram remuneradas. “Os pais eram, mas não por obrigação, não por combinado, eu me sentia no direito de fazer por eles”, garantiu.
O casal, que está preso na Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, conhecida como presídio do Roger, teve um novo pedido de habeas corpus negado pela Justiça. Um pedido de indenização por danos coletivos no valor de R$ 10 milhões também foi requisitado.
