1 de dezembro de 2025
Politica

Candidato da direita ainda precisa do aval de Bolsonaro para decolar na eleição, indica pesquisa

Mesmo com Jair Bolsonaro preso, o nome da direita ao Palácio do Planalto ainda precisa do aval do ex-presidente para se fortalecer com vistas a 2026. É o que indica uma pesquisa Real Time Big Data que analisou, nos dias seguintes à prisão, quais são as linhas ideológicas predominantes do eleitorado em 8 Estados. O resultado dos primeiros levantamentos estaduais do instituto é que candidatos lulistas e bolsonaristas largam com vantagem na disputa, refletindo a polarização política no País.

Integrantes do Centrão sonham em lançar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), à Presidência no ano que vem sem precisar pedir benção ao ex-presidente, mas o levantamento, feito em meio à repercussão da prisão, aponta que Bolsonaro mantém capital político. Mesmo no Nordeste, onde o lulismo é a maior força, a segunda opção é de forma majoritária um candidato ligado a Bolsonaro e não a direita tradicional.

No Paraná, 29% disseram preferir um bolsonarista no Planalto, enquanto 25% demonstraram simpatia por um candidato da direita não bolsonarista. O lulismo tem a preferência de 20%. No Mato Grosso, 27% querem um nome ligado a Bolsonaro, 24% apenas direita e 18% um lulista.

No Rio Grande do Sul, 24% citaram o lulismo, 21% o bolsonarismo e 21% a direita não bolsonarista. No Piauí, 38% afirmaram que votarão em um candidato lulista, 18% em um bolsonarista e 16% em alguém de centro. A direita tradicional aparece somente em quinto lugar, com 11%, atrás da esquerda não lulista, que marca 15%.

Na Bahia, 39% querem um lulista, 22% um bolsonarista e 15% um nome centrista. Tanto a esquerda não lulista quanto a direita não bolsonarista aparecem com 11%. Em Alagoas, 35% se identificam com um candidato ligado a Lula, 20% com nome relacionado a Bolsonaro, 15% da esquerda não lulista e 14% da direita tradicional.

Em Sergipe, 28% citaram um candidato lulista, 20% alguém de centro, 19% um bolsonarista, 15% a esquerda não lulista e 13% a direita não bolsonarista. No Maranhão, 39% votariam em um lulista, 17% na esquerda não lulista, 16% em um bolsonarista, 14% no centro e 9% na direita tradicional.

A pesquisa foi realizada entre os dias 21 e 28 de novembro, com 1.200 entrevistas. A margem de erro de três pontos porcentuais para mais ou para menos, com índice de confiança de 95%.

Popularidade nos Estados

O levantamento também mostrou o contrate entre a alta aprovação de Lula no Nordeste e sua grande reprovação no Sul e no Centro-Oeste. No Maranhão e na Bahia, por exemplo, 68% e 65% aprovam o presidente, respectivamente, enquanto 27% e 31% desaprovam. No Paraná e no Mato Grosso o resultado é invertido: 67% e 65% desaprovam, enquanto 32% e 29% aprovam.

Jair Bolsonaro, ex-presidente da República
Jair Bolsonaro, ex-presidente da República

Piauí

72% aprova Lula

25% desaprova

3% não sabe

Alagoas

62% aprova Lula

33% desaprova

5% não sabe

Bahia

65% aprova Lula

31% desaprova

4% não sabe

Sergipe

61% aprova Lula

35% desaprova

4% não sabe

Tocantins

62% aprova Lula

33% desaprova

5% não sabe

Maranhão

68% aprova Lula

27% desaprova

5% não sabe

Rio Grande do Sul

56% desaprova Lula

40% aprova

4% não sabe

Paraná

67% desaprova Lula

32% aprova

1% não sabe

Mato Grosso

65% desaprova Lula

29% aprova

6% não sabe

Mato Grosso do Sul

64% desaprova Lula

30% aprova

6% não sabe

 

 

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