Moraes manda peritos da PF fazerem laudo sobre saúde de Heleno por ‘informações contraditórias’
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que peritos médicos da Polícia Federal produzam, em 15 dias, um laudo sobre o estado de saúde do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Heleno está preso no Comando Militar do Planalto, após ser condenado a 21 anos de prisão no julgamento da trama golpista.
Segundo Moraes, a decisão de pedir um laudo de peritos da PF se dá “em virtude de informações contraditórias” para a análise do pedido da defesa para a prisão domiciliar. Segundo Moraes, a decisão depende da “efetiva comprovação do diagnóstico de demência mista (Alzheimer e vascular)“.
Na decisão, Moraes pede que os peritos médicos da PF façam “a realização de avaliação clínica completa, inclusive o histórico médico, exames e avaliações de laboratório, como a função tireoidiana e níveis de vitamina B12, neurológicos e europsicológicas”.
O ministro afirma que a perícia deve incluir “se necessário for, exames de imagem como ressonância magnética e PET, além do que entenderem necessário para verificação do estado de saúde do réu, em especial sua memória e outras funções cognitivas, bem como, eventual grau de limitação funcional decorrente das patologias identificadas, os cuidados necessários para manutenção de sua integridade física e cognitiva, e necessidade — ou não — de supervisão contínua”.
No último sábado, após Moraes determinar o envio de exames médicos e solicitar o esclarecimento se a Presidência da República foi informada sobre o diagnóstico quando Heleno era ministro, a defesa apontou que o diagníostico de Alzheimer teria se dado em 2025. Antes, ao ser interrogado pela médica responsável pelo exame de corpo de delito, Heleno havia apontado que sofria com a doença desde 2018.
