5 de dezembro de 2025
Politica

Um fantasma Lulinha passeia pela CPI do INSS para assombrar o governo Lula

A CPI do INSS atirou para cima. Mirou em Fábio Luís Lula da Silva, filho mais velho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De quebra também quis por no banco dos interrogados o advogado-geral da União, Jorge Messias, indicado para ocupar uma vaga de ministro no Supremo Tribunal Federal.

Os dois requerimentos foram rejeitados na quinta-feira, 4. O do Lulinha por 19 a 12. O de Messias por 19 a 11. Ou seja, há uma maioria para dizer não aos que querem direcionar os olhares da CPI para um parente do presidente ou para seu ungido ao STF.

CPI do INSS tentou convocar Fábio Luís Lula da Silva, Lulinha
CPI do INSS tentou convocar Fábio Luís Lula da Silva, Lulinha

Na política é isso mesmo desde os tempos de Fernando Collor. Foi na gestão desse que se cunhou a expressão ‘tropa de choque’ para atuar tentando defender o presidente da investigação.

No caso atual, não há essa tropa constituída, ainda que um ou outro atue mais fortemente para defender o governo. O mesmo se dá quando o alvo é alguém da gestão Bolsonaro e ai os da oposição é que tentam proteger os seus.

Mesmo assim, os governistas podem sustentar que os requerimentos são descabidos, não têm fundamentação e constituem-se apenas em tentativa política de constranger o chefe do Executivo.

A questão é que a CPI trata de desvios. De fraude com aposentados. As quadrilhas que atuavam no INSS agiram em diferentes gestões governamentais e, até aqui, parecem não ter filiação partidária.

Assim, a tentativa de convocar Lulinha, apelido de Fábio Luís, é como um fantasma levado à CPI para assombrar a gestão petista.

Se houver algo que ligue o filho do presidente a algum dos investigados, ainda que governistas possam tentar, segurar uma investigação nos tempos de hoje é quase como buscar conter uma avalanche. Mas e se tudo não passar de um disse-que-disse sem prova?

Não dá para esquecer que estamos no ano que antecede as eleições. Então, qualquer coisa que vá na direção de Lulinha tem potencial para virar material de campanha contra o presidente e até mesmo tirar votos dele numa disputa que pode vir a ser concorrida.

Os petistas sabem disso. Por enquanto, estão segurando as incursões oposicionistas que tentam colar peças para jogar a família de Lula e ele próprio como protagonistas da CPI.

 

 

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