Ex-presidente do Cruzeiro quer outros esportes além do futebol também como sociedades anônimas
O deputado Sergio Santos Rodrigues (Podemos-MG), ex-presidente do Cruzeiro, apresentou um projeto de lei para que clubes de diversos esportes possam aderir ao modelo empresarial de sociedade anônima, hoje restrito ao futebol. Rodrigues comandava o Cruzeiro quando o time se tornou a primeira Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do País, com a venda de ações do clube-empresa.
“A consolidação das SAFs confirmou que essa forma societária deve ser expandida para outras modalidades esportivas, que muitas vezes sofrem com problemas financeiros, dificuldades de gestão e dependência de receitas incertas”, afirmou Rodrigues, que tenta incluir na legislação o modelo Sociedade Anônima Desportiva (SAD).
SAF dá vantagens tributárias e abate dívidas
A SAF, modelo adotado inicialmente por Cruzeiro, Botafogo e Vasco, dá ao clube vantagens tributárias, além de abater dívidas e permitir investimentos por meio da venda de ações. A prática é amplamente usada por equipes europeias.
Até então, todos os times de futebol do País eram associações sem fins lucrativos. Isso mudou com a sanção de uma lei em 2021, que tratou especificamente desse esporte.
Rodrigues assumiu o mandato na Câmara no último mês, após a deputada Nely Aquino (Podemos-MG) tirar quatro meses de licença. Além de ter chefiado o Cruzeiro, integrou o Conselho de Administração do Comitê Olímpico do Brasil e escreveu o livro Futebol S.A.: Reflexões históricas, jurídicas e econômicas de quem liderou a criação da primeira SAF do Brasil.

