19 de dezembro de 2025
Politica

Flávio Bolsonaro diz que projeto que reduz penas precisa ser corrigido para não beneficiar marginais

BRASÍLIA – O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) defendeu nesta terça-feira, 16, mudanças no projeto de lei da dosimetria, para que a redução de penas não beneficie condenações sem relação com o 8 de Janeiro. O senador disse acreditar que o texto será aprovado pelo Congresso ainda neste ano e voltou a dizer que o projeto tem o aval de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que será favorecido.

O texto já foi aprovado pela Câmara e está no Senado, onde poderá ser votado nesta semana. “Realmente tem esse problema que precisa ser corrigido. A gente está tentando ver como é que faz alguma alteração ali para evitar que esse benefício seja dado a marginais de verdade, marginais perigosos de verdade, na carona da votação desse projeto. Precisamos aprimorar esse texto”, disse Flávio a jornalistas, após visitar seu pai na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

Flávio Bolsonaro visitou o pai na Superintendência da PF
Flávio Bolsonaro visitou o pai na Superintendência da PF

Flávio afirmou que o texto aprovado pela Câmara foi divulgado sem antecedência, o que teria feito com que muitos deputados votassem sem saber o teor. O parlamentar disse esperar uma aprovação ainda nesta semana, mesmo caso demande nova análise da Câmara, e que conversará nesta terça com o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), que tem feito as articulações.

“Não sei como é que vai ser, como é que foi a conversa do líder Rogério Marinho, mas a ideia é que se chegue a uma conclusão desse processo ainda essa semana, que é a última, antes do recesso”, disse.

Saúde de Bolsonaro

Flávio voltou a criticar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes por não ter autorizado de imediato nova cirurgia de Bolsonaro. Segundo Flávio, Bolsonaro descobriu hérnias nas duas pernas.

“Ao fazer o exame de imagem, ele acaba descobrindo que tem, além desta (hérnia) na perna direita, tem uma também na perna esquerda. Como é uma hérnia, ou seja, um espaço entre os músculos, se o intestino dele começa a pressionar a parede do músculo, e sai através do músculo, ele pode fazer um estrangulamento na dobra do intestino. E ele ser obrigado a fazer uma nova cirurgia, que é muito mais agressiva”, disse.

Flávio afirmou, porém, que durante a visita desta terça, Bolsonaro “estava mais animado”, sem soluço.

O senador ainda disse não ter sentido “nada” ao receber a notícia de que Moraes foi retirado da lista de sanções da Lei Magnitsky.

Pré-candidatura à Presidência

O senador voltou a negar a possibilidade de abrir mão de sua candidatura à Presidência da República para o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O senador reafirmou que só deixaria o posto para seu pai, que está preso e inelegível.

“O (meu) nome está colocado. A indicação do presidente Bolsonaro é Flávio Bolsonaro. Eu só abro mão se for para Jair Messias Bolsonaro e, para isso, ele tem que estar livre e nas urnas, e não é o cenário que a gente está vendo”, afirmou Flávio.

Ele voltou a comentar sobre a resistência do Centrão ao seu nome e afirmou que quer um apoio nem que seja em “um segundo momento”. “O que eu tenho feito nos últimos dias é mostrar que eles estão errados. E pode ter certeza que muito em breve, até as pesquisas ligadas ao PT mostrarão um grande crescimento do nome Flávio Bolsonaro”, disse.

“Óbvio que eu quero os partidos junto comigo já no primeiro momento, mas, se não for possível, eu tenho a convicção, sempre foi muito claro, sempre disse isso, que se a gente não estiver junto no primeiro momento, certamente no segundo momento nós estaremos”, afirmou.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também visitou o ex-presidente Jair Bolsonaro na Superintendência da PF na capital federal nesta terça. Ela não falou com a imprensa.

Michelle Bolsonaro foi à Superintendência da PF visitar o marido
Michelle Bolsonaro foi à Superintendência da PF visitar o marido

As visitas são autorizadas por Moraes. Cada um tem 30 minutos, separadamente, para estar com Bolsonaro no local.

 

 

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