Novo aciona Conselho de Ética contra Camila Jara após tumulto no plenário
O Partido Novo protocolou nesta terça-feira, 16, uma representação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados por suposta violação ao decoro parlamentar contra a deputada federal Camila Jara (PT-MS). A petista nega as acusações e afirma que agiu em defesa de jornalistas e de outros parlamentares durante a confusão no plenário.
A denúncia se refere a um episódio ocorrido em 9 de dezembro de 2025, após o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) assumir de forma irregular a presidência dos trabalhos da Câmara como forma de protesto contra a votação de sua cassação, incluída na pauta do dia seguinte.

Segundo a representação, Camila Jara teria agredido fisicamente o secretário-geral da Mesa Diretora, Lucas Ribeiro Almeida Júnior, com empurrões, além de ter adotado gestos considerados intimidatórios e proferido ofensas verbais. O Novo afirma que a conduta estaria registrada em vídeo.
Durante o tumulto, a Polícia Legislativa retirou Braga à força do plenário. Jornalistas e outros parlamentares relataram agressões no episódio.
O partido pede a abertura de processo disciplinar e sustenta que a conduta violaria o Código de Ética e Decoro Parlamentar, defendendo punição que pode chegar à perda do mandato.
Em nota, Camila Jara disse receber a representação “com indignação” e afirmou que o episódio ocorreu em meio a um “tumulto generalizado”. Segundo a deputada, sua atuação teria sido em defesa de jornalistas e parlamentares que, de acordo com ela, estavam sendo agredidos por policiais legislativos.
A parlamentar declarou ainda que sempre pautou sua atuação pelo respeito institucional, pela defesa da democracia e pela valorização dos servidores da Casa e disse estar confiante de que os fatos prevalecerão.
