Flávio Bolsonaro diz se imaginar no Planalto ‘entregando o Brasil nas mãos de Deus’
Anunciado pelo pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como candidato à Presidência em 2026, o senador Flávio Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira, 22, que “até convocar uma vigília para orar” passou a ser interpretado como crime no Brasil. A declaração foi feita durante o Culto Grande Clamor pelo Brasil, evento religioso no qual Flávio disse se imaginar vencedor da eleição de 2026 e, no Palácio do Planalto, fazendo uma oração em vez de um discurso para “entregar o Brasil nas mãos de Deus”.
“A gente está em um país onde até convocar uma vigília para orar pelo próprio pai foi muito interpretado como um crime”, afirmou Flávio, em referência à mobilização convocada que levou à prisão preventiva de Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão atendeu a um pedido da Polícia Federal, que apontou risco de fuga do ex-presidente.

Durante o discurso, Flávio afirmou que, enquanto orava no culto, imaginou-se no Palácio do Planalto após a eleição presidencial. “Deus nos colocou lá no Palácio do Planalto. E naquele momento, ao invés de um discurso, eu estava fazendo uma oração, entregando a nossa nação nas mãos de Deus”, disse o senador, apresentado no evento como pré-candidato à Presidência.
O parlamentar também classificou o cenário político como uma “guerra espiritual”. Segundo ele, “o lado de lá evoca o que tem de mais impuro, mais sujo, mais perverso, para oprimir a nossa alma”, enquanto o grupo bolsonarista teria a missão de promover a “vitória do bem sobre o mal”.
O culto reuniu parlamentares e foi marcado por referências diretas ao processo eleitoral de 2026. Além de Flávio, foram apresentados como pré-candidatos o senador Eduardo Girão (Novo), para o governo do Ceará, o senador Wilder Morais (PL), para o governo de Goiás, e o vereador Carlos Bolsonaro (PL) para o senado por Santa Catarina.
Em um dos momentos do evento, o senador Magno Malta (PL) pediu que os presentes se ajoelhassem para orar. Flávio então afirmou que sentia dores no joelho e Malta respondeu: “Aguenta a barra, porque você vai sentir muita dor ainda”.
