15 de maio de 2025
Politica

Quem são os 21 réus no STF por tentativa de golpe? Veja

RIO – A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tornou réus outros sete denunciados no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado. Agora, são 21. Os ministros analisaram nesta terça-feira, dia 6, os crimes imputados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao chamado “núcleo 4″ da suposta trama golpista, acusado de atuar na produção e na disseminação de desinformação e ataques ao sistema eleitoral.

A decisão coloca no banco dos réus Ailton Gonçalves Moraes Barros, Ângelo Martins Denicoli, Carlos César Moretzsohn Rocha, Giancarlo Gomes Rodrigues, Guilherme Marques de Almeida, Marcelo Araújo Bormevet e Reginaldo Vieira de Abreu. Outras 14 pessoas se tornaram réus no âmbito da apuração do golpe anteriormente.

Primeira Turma do STF no julgamento da denúncia sobre o núcleo quatro do plano de golpe
Primeira Turma do STF no julgamento da denúncia sobre o núcleo quatro do plano de golpe

Este é o terceiro julgamento sobre o recebimento de denúncias relacionados ao caso. O primeiro núcleo, do qual faz parte o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados deles, e o núcleo dois, composto pelo ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, o general Mário Fernandes, entre outros, já tiveram as denúncias aceitas e agora serão julgados em ações penais.

Há ainda outros dois núcleos, o terceiro e o quinto, pendentes de análise. A próxima sessão para a análise do caso do “núcleo 3″ está marcada para o dia 20 deste mês.

Ex-presidente Jair Bolsonaro em ato pró-anistia em São Paulo em abril
Ex-presidente Jair Bolsonaro em ato pró-anistia em São Paulo em abril

Núcleo 1

Núcleo 2

Núcleo 4

  • Ailton Gonçalves Moraes Barros, capitão reformado do Exército. Segundo a PGR, ele “incitava militares e difundia os ataques virtuais idealizados pelo grupo”.
  • Ângelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército. Segundo a investigação, Denicoli alimentava uma nuvem com materiais para o influenciador Fernando Cerimedo, que divulgou um dossiê em novembro de 2022, em uma live no YouTube, com informações falsas sobre o sistema de votação brasileiro.
  • Carlos César Moretzsohn Rocha, engenheiro e foi presidente do Instituto Voto Legal, contratado pelo Partido Liberal (PL) para prestar serviços de auditoria do funcionamento das urnas eletrônicas. Segundo a investigação, um mesmo conteúdo falso publicado por Cerimedo serviu para embasar a representação protocolada pelo PL que pediu verificação das urnas após segundo turno das eleições 2022.
  • Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército e estava cedido à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante os fatos apurados na investigação. Segundo a denúncia, Giancarlo realizou 887 pesquisas de “alvos” no sistema “First Mile” da Abin, a mando do chefe Marcelo Araújo Bormevet, também integrante do núcleo.
  • Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel do Exército. Foi apontado pela denúncia como “propagador em larga escala” de conteúdos falsos sobre o Poder Judiciário.
  • Marcelo Araújo Bormevet, policial federal e ex-integrante da Agência Brasileira de Inteligência. Segundo as investigações, ele era o chefe de Giancarlo e o responsável por ordenar que o subordinado coletasse informações sobre determinados alvos, incluindo ministros do STF.
  • Reginaldo Vieira de Abreu, coronel do Exército e ficou conhecido pelo codinome “Velome” nos autos da investigação da tentativa de golpe. Ele teria participado de uma troca de mensagens final de 2022 onde era discutida a apresentação, para Bolsonaro, de relatórios sabidamente falsos que atestariam uma suposta fraude nas eleições daquele ano.

Próximos julgamentos

  • Núcleo 3: 20 e 21 de maio
  • Núcleo 5: ainda sem data definida

 

 

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