30 de junho de 2025
Politica

Comissão do Senado aprova convite a presidente da CBF para explicar ‘relação’ com Gilmar Mendes

BRASÍLIA – A Comissão de Esporte do Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira, 7, um requerimento que convida o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, para explicar, em audiência pública, “supostas condutas irregulares” e “possível conflito de interesses” em decisão concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.

O requerimento, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), diz que decisão do STF que manteve Ednaldo no cargo teve Gilmar como relator, e aponta possível conflito de interesses, já que o magistrado é fundador do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), o qual tem parceria comercial para as formações da CBF Academy.

Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF
Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF

“A gravidade da situação reside não apenas nas alegações em si, mas também no impacto que elas podem ter sobre a credibilidade da CBF. A entidade, embora de natureza privada, exerce uma função social de extrema relevância para o País”, argumenta Girão.

Como mostrou o Estadão, o acordo que manteve Ednaldo na CBF passa por um questionamento. Uma perícia indica que uma das assinaturas é falsa. A análise é sobre a assinatura de Antônio Carlos Nunes de Lima, o coronel Nunes, ex-vice-presidente da CBF e que foi presidente interino da entidade em duas ocasiões. A inspeção foi feita pela perita Jacqueline Tirotti, a pedido do vereador do Rio Marcos Dias (Podemos).

A CBF defendeu a legitimidade do processo e informou que não teve acesso à perícia e que análise está sendo utilizada de maneira midiática e precipitada. “A CBF confia plenamente na Justiça brasileira e permanece à disposição das autoridades competentes para esclarecer quaisquer dúvidas que eventualmente surjam”, diz a confederação.

Recentemente, ele foi reeleito para um novo mandato, aclamado por unanimidade das 27 federações e dos 40 clubes das séries A e B.

Como revelou o Estadão, o Congresso Nacional tem uma “bancada da bola”, que tem pelo menos 22 parlamentares da Câmara dos Deputados e do Senado que atuam para impedir que Ednaldo preste esclarecimentos aos congressistas. Isso já ocorreu, por exemplo, em Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI), desde que ele assumiu o comando da entidade máxima do futebol brasileiro.

 

 

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