15 de maio de 2025
Politica

Roberto Jefferson deixa hospital e vai para casa com tornozeleira eletrônica

BRASÍLIA – O ex-deputado federal Roberto Jefferson deixou neste domingo, 11, o hospital onde estava preso e sob cuidados médicos e começou a cumprir pena em regime domiciliar, após autorização concedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Jefferson está monitorado por tornozeleira eletrônica.

O equipamento foi devidamente instalado e Jefferson já está em casa, segundo informação enviada pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do Rio de Janeiro. O ex-deputado estava internado há cerca de dois anos no Hospital Samaritano, na zona Sul do Rio de Janeiro.

Roberto Jefferson ao dar entrada na prisão, em 2022
Roberto Jefferson ao dar entrada na prisão, em 2022

Conforme a decisão, ele terá de permanecer na casa localizada em Comendador Levy Gasparian, cidade de cerca de 9 mil habitantes a 140 quilômetros da capital fluminense.

Além do monitoramento eletrônico, ele teve passaporte suspenso e foi proibido de deixar o País. Também não poderá usar as redes sociais nem conceder entrevistas sem autorização do STF.

Ao permitir a ida de Jefferson para casa, Alexandre de Moraes alegou questão humanitária.

“No atual momento processual, portanto, a compatibilização entre a Dignidade da Pessoa Humana, o Direito à Saúde e a efetividade da Justiça Penal indica a possibilidade de concessão da prisão domiciliar humanitária a Roberto Jefferson Monteiro Francisco, considerada a sua particular e sensível condição de saúde, amplamente comprovada nos autos”, escreveu o ministro.

Em abril, a 1ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) concedeu prisão domiciliar a Roberto Jefferson no processo que envolve o ataque feito por ele a policiais federais, com granada e tiros, durante uma operação, em 2022.

No entanto, havia uma outra ordem de prisão expedida pelo STF que impedia a saída. Na Suprema Corte, ele havia sido condenado a mais de nove anos de prisão, em dezembro, por crimes como calúnia, homofobia, incitação ao crime e atentado ao exercício dos Poderes.

Antes da nova decisão de Moraes, a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou, na sexta-feira, favoravelmente à troca do regime da prisão com base em relatórios médicos apresentados pela defesa do ex-deputado.

Para a PGR, seria “imperioso reconhecer a inviabilidade de realização do tratamento no âmbito do sistema carcerário”. Portanto, a substituição da prisão seria “necessária, adequada e proporcional”.

 

 

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