17 de maio de 2025
Politica

Líder do PT no Senado condiciona apoio à CPMI do INSS à investigação do governo Bolsonaro

O líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (PT-SE), confirmou a possibilidade de a bancada petista apoiar a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) para investigar os descontos indevidos no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O senador, contudo, condicionou tal apoio à inclusão nas investigações de possíveis irregularidades ocorridas no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Rogério Carvalho (PT-SE), líder do PT no Senado
Rogério Carvalho (PT-SE), líder do PT no Senado

“Na condição de líder do PT, nós vamos defender que o partido participe dessa CPI, mas não uma CPI para avaliar e para fazer disputa e palanque eleitoral, mas para investigar, apontar os responsáveis e botar na cadeia aqueles que roubaram os aposentados e pensionistas do INSS. Essa é a nossa finalidade”, afirmou Rogério Carvalho nesta quinta-feira, 15, durante audiência na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) do Senado.

A reunião teve a participação do ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, para esclarecimentos sobre as fraudes bilionárias e descontos não autorizados em benefícios do INSS.

O líder do PT destacou que é essencial alterar o “fato determinado” que fundamenta a criação da comissão, para garantir que a investigação não sirva de palanque político. Segundo ele, o foco precisa estar em apurar os responsáveis pelos crimes contra os aposentados, independentemente do período em que ocorreram. Para isso, o colegiado também deve se debruçar sobre eventuais crimes cometidos sob a gestão de Bolsonaro.

“O PT vai assinar, sim, essa CPI, e nós vamos investigar, olhando, na linha do tempo, todos os fatos e todas as pessoas, como fizemos na CPI da Covid, como fizemos na CPI do 8 de Janeiro, sem nenhum tipo de problema de fazer investigação mais profunda, porque é isso que a gente quer, foi isso que o governo do presidente Lula fez, e é por isso que a gente está aqui, fazendo esse debate”, afirmou o senador.

A iniciativa da CPMI foi apresentada na segunda-feira, 12, pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT).

A comissão, no entanto, só será oficialmente criada após a leitura do requerimento pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), em sessão conjunta agendada para o dia 27 de maio. Até o momento, Alcolumbre não sinalizou que pretende levar o pedido adiante.

Nesta quinta-feira, 15, o senador Fabiano Contarato (PT-ES) afirmou ter assinado o pedido de criação da CPMI . Contarato é o único petista signatário do documento até agora.

Em publicação no X (antigo Twitter), o senador defendeu o aprofundamento das investigações, afirmando ser “necessário chegar às entranhas do esquema que houve durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)”.

Contarato também reforçou o discurso governista, de que a fraude só foi desmontada graças à atuação da atual gestão federal.

 

 

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