30 de junho de 2025
Politica

Haddad está perdido e desesperado

O ministro da Fazenda está perdido. Perdidaço. Suas últimas entrevistas foram constrangedoras. Suas decisões mostram incapacidade – falta de recursos para avaliações técnicas e políticas – e fraqueza. Fernando Haddad não tem convicção. Comunica isolamento. Foi atropelado.

Anunciou conjunto de medidas – o pacote original de aumentos no IOF, com implicações em câmbio e crédito – como um “pequeno ajuste”. Um grupo de iniciativas – para repressão financeira – que propunha controle de capitais: “pequeno ajuste”. São leitores assim, sob tal desconexão com o mundo real, que tomam decisões econômicas no Brasil.

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, mostrou falta de convicção no episódio do IOF
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, mostrou falta de convicção no episódio do IOF

A lógica que fundamenta as decisões econômicas deste Dilma III: arrecadar; arrecadar para gastar. Só o crescimento da despesa é seguro. Por criativo que seja o agente arrecadador, em algum momento a engenhosidade se esgotará. Não tardaria até que acionassem o botão do IOF. A regra é clara – a história ensina: apelou para o IOF, girou a chave da agonia. Recorreu ao IOF, declarou o vale tudo.

(O cronista chama a atenção para a fila de espera a que cidadãos possam alcançar o direito à aposentadoria-pensão: eram 914 mil os que aguardavam quando Lula assumiu. São quase 2,7 milhões agora. Dados da própria Previdência Social, que não os divulgava desde dezembro. A falta de transparência nos autorizando a especular sobre se o governo do povo estaria represando gastos à custa dos nossos mais velhos e vulneráveis.)

Vem aí a eleição e nós – de novo – financiaremos a tentativa de reeleição de um presidente. Não há de onde tirar mais grana. E a rapaziada nunca cortará despesas estruturalmente. Restaria convocar o IOF para pedalar a conta e rolar o explosivo adiante – dinheiro extra a nos ser cobrado também para que os haddads finjam cumprir as regras frouxas do tal arcabouço fiscal que eles mesmos criaram. Pronto.

Um conjunto de ações – mais IOF, em 2025 – por meio do qual a turma acreditava estar colaborando com o Banco Central. Conjunto que onera o crédito às empresas, que tributa meios de produção, que interfere na economia real – e a Fazenda avaliando que ajudaria o BC no combate à inflação. Delirante.

Um conjunto de ações por meio do qual – falou o secretário do Tesouro Nacional – a galera imaginava “gerar credibilidade”. Uau!

E então o recuo. Recuo parcial decidido em reunião sem Haddad. Decisão que seria produto “de diálogo e avaliação técnica”. Os técnicos que optaram por voltar atrás: Rui Costa, Gleisi Hoffmann e Sidônio Palmeira.

O ministro da Fazenda está perdido e desesperado. Recorrer ao IOF é expressão de desespero. As reações que colhe sendo menos em função do impacto material do bicho. Se estão lançando a cartada do IOF já agora, ao que apelarão até a eleição?

Lembre-se de que Simone Tebet declarou que o mundo acabará em 2027, quando explodirá a bomba fiscal que engordam e empurram.

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *