30 de junho de 2025
Politica

Carlos Bolsonaro diz não viver em democracia e critica ONU por apoiar Lula: ‘os anjinhos de sempre’

O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) rebateu as acusações de que seu irmão, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), estaria atentando contra a soberania nacional ao realizar uma campanha nos Estados Unidos em defesa do pai, Jair Bolsonaro. Em declaração neste domingo, 25, Carlos comparou a viagem do irmão às ações internacionais promovidas por políticos de esquerda durante o período em que o presidente Lula (PT) esteve preso.

Carlos saiu em defesa do irmão, Eduardo Bolsonaro, acusado de conduta ilegal durante ação nos Estados Unidos
Carlos saiu em defesa do irmão, Eduardo Bolsonaro, acusado de conduta ilegal durante ação nos Estados Unidos

Em texto publicado em seu perfil no X (antigo Twitter), o vereador Carlos afirmou que a campanha de seu irmão nos Estados Unidos em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro – acusado de tentativa de golpe de Estado e ataques à democracia – não é inédita.

Segundo ele, ações semelhantes foram promovidas no exterior por políticos como Dilma Rousseff, Gleisi Hoffmann e Fernando Haddad durante o período em que Luís Inácio Lula da Silva esteve preso pela operação Lava Jato. O vereador ainda criticou o apoio da Anistia Internacional e o Comitê de Direitos Humanos da ONU por julgarem que o presidente teve seus direitos políticos violados: “Os anjinhos de sempre”, disse Carlos.

“Bem, todos sabemos que não vivemos numa democracia e o que vale é o que o sistema quer, pois caso contrário vento que venta cá ventaria lá, mas todos de bom senso conhecem a zona proposital e como funciona isso aqui”, afirmou.

Eduardo Bolsonaro pode ser investigado

Seu irmão, Eduardo Bolsonaro, pode ser investigado por atuar nos Estados Unidos contra as autoridades brasileiras. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes analisa pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) para abrir um inquérito.

A PGR atribui ao deputado uma campanha de intimidação e perseguição contra integrantes do Supremo, da Procuradoria e da Polícia Federal envolvidos em investigações e processos contra bolsonaristas.

Eduardo Bolsonaro se licenciou do mandato na Câmara e está nos Estados Unidos desde fevereiro. O deputado justificou que decidiu permanecer no país para “focar em buscar as justas punições que Alexandre Moraes e a sua Gestapo da Polícia Federal merecem”.

Desde que deixou o Brasil, Eduardo mantém agendas com congressistas republicanos e auxiliares do presidente Donald Trump para tentar emplacar medidas que pressionem o STF no julgamento da trama golpista.

Em ofício enviado ao Supremo Tribunal Federal, o procurador-geral Paulo Gonet afirma que o deputado deve ser investigado por tentar obstruir a ação penal do golpe, em que o Jair Bolsonaro é réu, e o inquérito das fake news.

 

 

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