4 de julho de 2025
Politica

Sergio Moro silencia sobre Carla Zambelli, de quem foi padrinho de casamento

O senador Sergio Moro (União-PR) silenciou após a deputada Carla Zambelli (PL-SP), de quem foi padrinho de casamento em 2020, deixar o Brasil e ser alvo de uma ordem de prisão no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira, 4. Antigos aliados do governo Bolsonaro, Moro e Zambelli romperam, com troca pública de acusações. Procurado pela Coluna do Estadão, Moro não comentou.

No início de 2020, o então ministro da Justiça foi padrinho de casamento da deputada com o coronel Aginaldo Oliveira, na época comandante da Força Nacional.

Moro homenageou Zambelli durante um discurso na cerimônia: “É uma guerreira. Sem formação de policial militar, mas mereceria uma medalha de caveira honorária de tropa especial do Bope. Parabéns ao casal. Toda a felicidade do mundo. Que sejam felizes para sempre”. Também compareceu a então primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Sergio Moro foi padrinho do casamento de Carla Zambelli
Sergio Moro foi padrinho do casamento de Carla Zambelli

Dois meses depois do matrimônio, Moro acusou Zambelli de tentar acertar sua indicação ao STF junto ao presidente Bolsonaro como argumento para o ministro seguir no governo. “Prezada, não estou à venda”, respondeu Moro em mensagem à deputada, que negou a intenção.

‘Porcaria do meu álbum de casamento só tem foto dele’

Após a troca de acusações, Moro disse ter aceitado ser padrinho de Zambelli por “constrangimento”. A parlamentar, por sua vez, afirmou: “A porcaria do meu álbum de casamento só tem foto dele”.

Em 2022, Zambelli disse que tinha mais medo de Moro do que de Lula, o arquirrival do bolsonarismo. “Eu tenho muito mais medo do Moro do que do Lula. Lula não consegue enganar muitas pessoas. O Moro, com aquele jeitinho dele, fala mansa, frieza, de expressão que não muda ainda, pode enganar muita gente”.

Moraes ordenou prisão preventiva de Zambelli

Nesta quarta-feira, 4, o ministro do STF Alexandre de Moraes acatou um pedido da Procuradoria-Geral da República e ordenou a prisão preventiva de Zambelli. Na véspera, a deputada afirmou ter deixado o País e disse que se mudaria à Europa. No mês passado, ela foi condenada a dez anos de prisão pelo Supremo.

Bolsonarista é alvo de dois processos no STF

O STF condenou Zambelli a dez anos de prisão por invasão a sistemas internos do Conselho Nacional de Justiça. Ainda cabem recursos. Também foi decretada a perda do mandato, que precisa ser confirmada pela Câmara.

Em outra ação judicial, a Corte já tem maioria para condená-la por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com uso de arma de fogo. O julgamento foi suspenso em março a pedido do ministro Kassio Nunes Marques.

 

 

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