Uma vaquinha virtual arrecada fundos para o tratamento de uma criança de 9 anos da Bahia, que tem lúpus. Sosô como é conhecida e chamada, enfrenta a doença grave e sem cura, sofrendo com dor, fraqueza e febre, além de passar por lesões na pele.
A menina fazia tratamento pelo Sistema Único de Saúde no Hospital Martagão Gesteira, em Salvador. Ela viralizou nas redes sociais após publicar um vídeo fazendo um apelo para que o hospital retomasse os atendimentos e tratamentos de reumatologia pediátrica no ambulatório. A unidade de saúde explicou ao Bahia Notícias, que os atendimentos e tratamentos da especialidade no ambulatório, que a garota passava, foram suspensos por conta de repasse de recursos.
Segundo o post da vaquinha, Sosô é criada pela avó Magnólia, de 59 anos, que largou tudo para cuidar da neta que precisa de atenção 24h.
As duas moram de aluguel numa casa simples em Cruz das Almas, interior da Bahia, e passam por muitas necessidades. Os pais da Sosô são separados e moram em outras cidades. A única renda da família é um Bolsa Família de 300 reais, sendo que só o aluguel é 600 reais.
Com a vaquinha, a família já conseguiu arrecadar R$ 53.040,27 para a criança. É esperado que seja arrecadado uma quantia de R$ 120.000,00. O caso da garota chamou atenção de todo o país. A apresentadora Astrid Fontenelle se comoveu ao relatar que Soso sofreu com alguns ataques.
Carlos Emanuel Melo, superintendente geral da Liga Álvaro Bahia, mantenedora do Martagão gesteira, anunciou que a unidade de saúde apresentou um projeto à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) nesta terça-feira (5), para que o serviço de reumatologia fosse coberto pelo sistema público de saúde, para que os medicamentos sejam garantidos.
“Eu estive ontem em uma reunião com a Secretaria Municipal de Saúde, representando o Hospital Martagão Gesteira, apresentando a necessidade de um serviço integral à reumatologia, que desse esse suporte integral, que é muito mais do que o atendimento, por isso, da consulta médica. Esse serviço precisa garantir que alguns exames especializados sejam feitos e cobertos pelo sistema de saúde. Precisa garantir que alguns medicamentos que fazem sentido no tratamento sejam garantidos também. É preciso também garantir que quando essas crianças precisam ser internadas, os medicamentos de alto custo também sejam acessíveis”, explicou.
“Então, o que foi apresentado na reunião de ontem foi um modelo. Um protocolo de serviço, é que contemplem isso tudo, porque não faz sentido o Martagão fazer um atendimento reumatológico, apenas uma consulta, e não ter a retaguarda pra tudo isso. Isso é inclusive uma das situações que nos incomodava muito lá no passado”, comentou Carlos.
Veja aqui onde pode ser encontrada a vaquinha para ajudar a garota Sosô.